segunda-feira, 27 de julho de 2015

O LOBO E O CABRITINHO.

Certo dia, um lobo viu um cabritinho que brincava correndo pelos campos longe da casa dos seus pais. Sem nenhuma demora partiu correndo para pegá-lo. Mas o cabritinho, assustado e com muito medo, correu desesperadamente para salvar-se. Depois de muito correr, já cansado, decidiu dialogar com o lobo para que ele desistisse de devorá-lo. Parou e disse:
                   - Espere senhor lobo; já compreendi que não tenho como escapar de suas garras, mas antes de ser devorado quero lhe fazer  um último pedido.
                   - Está bem - disse o lobo - se for possível vou atender o seu pedido. O que você quer?
                   - É que eu gosto muito de música e sempre trago comigo uma gaitinha; gostaria que, antes de me devorar, alegre meus últimos momentos tocando a gaita para eu dançar.
                   - Está certo. Dê-me essa tal gaita que tocarei. Vamos logo com isso porque estou com fome.
                   O lobo começou a tocar e o cabritinho dançou alegremente, indo e vindo para todos os lados.


                    O cabritinho sabia que ali perto havia uma casa com cães pastores. Não demorou muito e os bravos animais chegaram e puseram o lobo para correr desesperadamente.
                    O cabritinho voltou para casa a salvo e pensando: "Se tivesse ouvido o conselho da minha mãe não teria me metido em encrencas. Nunca mais vou sair às escondidas".

Esopo.
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Moral da história.


O conselho de nossos pais devem ser seguidos porque eles sempre querem o melhor para nós.


Sugestão de atividade: peça para a criança desenhar a parte da história que mais gostou.


Valsa das pulgas. Leia poesia para suas crianças.


As pulgas dançando no meio da rua
Dão pulos e pulos sob a luz da Lua

No baile das pulgas o passo é assim:
Três passos para o lado e entra o cupim.

Cupim dá três passos pra lá e pra cá
E a pulga contente toma guaraná.

Quem toca a valsinha é o sabiá
E as pulgas pulando pra lá e pra cá.

O tatu-bolinha já chega rolando:
"É o passo moderno, estou inventando!"

Com passos miúdos chega a joaninha
De vestido curto cheio de bolinhas.

Um pra lá, um pra cá
São as pulgas dançando, à luz do luar.

Lá no longe
A luz da Lua alumia...

Vento venta no quintal.
Seca as roupas do varal...

Ruth Rocha

Maneiras de dizer as coisas - Comunicação.

Uma sábia e conhecida anedota árabe diz que, certa feita, um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho.
- Que desgraça, senhor! Exclamou o adivinho. Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade.
- Mas que insolente _ gritou o sultão, enfurecido. Como te atreves a dizer-me semelhante coisa? Fora daqui!
Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem acoites. Mandou que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho.
Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe:
- Excelso senhor! Grande felicidade vos esta reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a todos os vossos parentes.
A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao segundo adivinho. E quando este saia do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado:
- Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia feito. Não entendo porque ao primeiro ele pagou com cem acoites e a você com cem moedas de ouro.
- Lembra-te meu amigo - respondeu o adivinho - que tudo depende da maneira de dizer...
Um dos grandes desafios da humanidade e aprender a arte de comunicar-se. Da comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra.
Que a verdade deve ser dita em qualquer situação, não resta duvida. Mas a forma com que ela e comunicada e que tem provocado, em alguns casos, grandes problemas. A verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa. Se a lançarmos no rosto de alguém pode ferir, provocando dor e revolta. Mas se a envolvemos em delicada embalagem e a oferecemos com ternura, certamente será aceita com facilidade.
A embalagem, nesse caso, é a indulgencia, o carinho, a compreensão e, acima de tudo, a vontade sincera de ajudar a pessoa a quem nos dirigimos.
Ademais, será sábio de nossa parte se antes de dizer aos outros o que julgamos ser uma verdade, dize-la a nós mesmos diante do espelho.

E, conforme seja a nossa reação, podemos seguir em frente ou deixar de lado o nosso intento. Importante mesmo, é ter sempre em mente que o que fará diferença e a maneira de dizer as coisas...

Autor desconhecido.


Podemos aproveitar o tema e falar sobre o saber ouvir, para isto selecionei essa poesia:


Se você quer ser feliz
e amizades conquistar,
quatro palavrinhas mágicas
vou agora revelar

Não é "Abre-te-Sézamo"
e nem é "Sin-sa-la-bin"!
Nenhuma é "Abracadabra",
minha mãe disse pra mim:

Diga sempre a sorrir,
pra não ser mal-educado:
Com licença, me desculpe,
por favor e obrigado!


Pedro Bandeira.

Essa poesia pode ser musicada com alguma música infantil, tem algumas que cabem em qualquer letra, como por exemplo o cravo brigou com a rosa ou Frère Jacques.

Atividade:



Fazer um cartaz e explicar que temos que ter  humildade para ouvir os outros, pois que só assim iremos aprender coisas novas. Quando não temos conhecimento de um assunto, ou do significado de uma palavra, melhor perguntar do que fingir que já sabe. Pense bem, aí você vai continuar sem saber e isto não é bacana!


Temas abordados: Verdade, saber comunicar com educação, saber ouvir. 



domingo, 26 de julho de 2015

Pinóquio — Uma História Mágica. Com atividades de desenho e contação de histórias.

Era uma vez um velho carpinteiro chamado Gepeto que vivia numa aldeia italiana. Ele não tinha filhos, desta forma passava seu tempo construindo bonecos.
Um dia, Gepeto construiu um boneco de madeira muito bonito,quase perfeito e colocou o nome de Pinóquio e pensou alto: — Serás o filho que não tive, teu nome será Pinóquio.
À noite, pediu para as estrelas que seu boneco virasse um menino de verdade e, enquanto Gepeto dormia Pinóquio recebeu a visita da fada Azul que tocando Pinóquio com a varinha mágica disse:
— Vou-te dar vida, boneco.
Mas deves ser sempre bom e verdadeiro!
Ela deu vida ao boneco e prometeu que se ele se comportasse bem, o transformaria em um menino de verdade...
A Fada fez questão de criar um amigo para Pinóquio, o Grilo Falante que foi nomeado a consciência de Pinóquio.
Na manhã seguinte, quando Gepeto acordou, ficou radiante de alegria ao perceber que seus desejos se tinham tornado realidade.
Mandou então Pinóquio à escola, acompanhado pelo Grilo Falante — Pepe.
No caminho encontraram a D. Raposa e a D. Gata.
— Porque vais para a Escola havendo por aí tantos lugares bem mais alegres?
— perguntou a raposa.
— Não lhe dês ouvidos! — avisou-o Pepe.
Mas Pinóquio, para quem tudo era novidade, seguiu mesmo os tratantes e acabou à frente de Strombóli, o dono de um teatrinho de marionetas.
— Comigo serás o artista mais famoso do mundo! – segredou-lhe o astucioso Strombóli. O espetáculo começou. Pinóquio foi a estrela.
Os outros bonecos eram hábeis enquanto Pinóquio só fazia asneiras ... Por isso triunfou! No final do espetáculo Pinóquio quis ir embora, mas Strombóli tinha outros planos.
— Fica preso nesta jaula, boneco falante.
Vales mais que um diamante!
Por sorte o grilo Pepe correu e avisou a Fada Madrinha, que enviou uma borboleta mágica para salvar Pinóquio.
Quando se recompôs do susto, a borboleta perguntou-lhe aonde vivia. — Não tenho casa! — respondeu o boneco.
A borboleta voltou a fazer-lhe a mesma pergunta, e ele deu a mesma resposta.
Mas, cada vez que mentia, o nariz crescia-lhe mais um pouco, pelo que não conseguiu enganar a Borboleta Mágica.
— Não quero este nariz! — soluçou Pinóquio.
— Terás que te portar bem e não mentir!
Voltas para casa e para a Escola. — disse-lhe a Borboleta Mágica.
Depois de regressar a casa, aonde foi recebido com muita alegria por Gepeto, e  passou a portar-se bem.
Tempos depois, de novo quando ia para a Escola, Pinóquio encontrou pelo caminho João Honesto e Gedeão. Eles o convenceram a conhecer a Ilha de Prazeres, onde ninguém trabalhava.
Pinóquio, que gostava de aventuras, esqueceu que deveria consultar sua consciência. Seguiram a viagem em uma carroça que era puxada por burrinhos, muito infelizes.
Quando chegaram, Pinóquio saiu correndo, para conhecer a ilha. Era tudo muito bonito, cheio de doces e brinquedos.
Ele estava brincando, quando percebeu que suas orelhas estavam crescendo e ficou com medo de se transformar em um burro. Ficou muito assustado e chamou pelo Grilo Falante.
O Grilo perguntou a Pinóquio o que estava fazendo na ilha, ele começou a mentir, e a cada mentira seu nariz crescia.
Os dois acabam descobrindo que as crianças que vinham para aquele lugar eram transformadas em burrinhos.
— Anda, Pinóquio. Conheço uma porta secreta...! Não te queres transformar em burro? Levar-te-iam para um curral!
— Sim, vou contigo, meu amigo Pepe. Resolveram pedir ajuda para a Fada Azul, que tirou todas as crianças da ilha.
Quando voltou para casa, Pinóquio não encontrou Gepeto.
Estava procurando em uma praia, quando encontrou uma garrafa com uma carta dentro.
A carta dizia que Gepeto estava procurando Pinóquio no mar, quando foi engolido por uma grande baleia chamada Monstro.
Como o grilo Pepe era muito esperto, ensinou Pinóquio a construir uma jangada e entraram no mar para procurar Gepeto.
Perguntavam a todos os peixinhos que encontravam, se conheciam a baleia Monstro e dois dias mais tarde, quando navegavam já longe de terra, avistaram uma baleia.
— Essa baleia vem direita a nós! gritou Pepe.
— Saltemos para a água! Mas não puderam se salvar!!!
A baleia engoliu-os !!!
Em breve descobriram que no interior da barriga estava Gepeto, que tinha naufragado no decurso de uma tempestade e pai e filho se abraçaram de alegria.
— Perdoa-me papá.
— Suplicou Pinóquio muito arrependido.
Logo depois chegou o grilo, e os três juntos tiveram a idéia de fazer uma fogueira na barriga da baleia o que fez com que a baleia espirrasse forte, por causa da fumaça, jogando os três para fora.
A partir daí, Pinóquio, mostrou-se tão dedicado e bondoso que a Fada Madrinha, no dia do seu primeiro aniversário, o transformou num menino de carne e osso, num menino de verdade.
— Agora tenho um filho verdadeiro! Exclamou contentíssimo Gepeto.
Por isto se diz que a pessoa que mente vai crescer o nariz, não acontece com pessoas, é para lembrar que a mentira não é uma coisa boa!


Trabalhando a criatividade infantil.

Para estimular a criatividade da tua criança, pensei em uma historinha com desenhos para colorir e depois a criança escreve brevemente abaixo do desenho a que se refere.
As imagens devem ser impressas do mesmo tamanho para formar um livro.
Se você tiver uma turma serve a mesma atividade.
Pesquisei na internet e achei um site específico com algumas histórias conhecidas, mas caso você não encontre ali a sua história, pode inverter o processo e depois de contar a história, as crianças farão o desenho na sequencia. Observe que várias áreas do cérebro estarão sendo estimuladas, bem como várias capacidades, como concentração, memória, criatividade, entendimento da história, e todas as habilidades que envolvem o desenho infantil. 

Para acessar as imagens para pintar, clique AQUI

Temas trabalhados na atividade de  hoje:  Verdade, ser honesto.



O negrinho do pastoreio. Lenda Gaúcha.

Como é mês de agosto e faz um pouco de frio, vou contar uma história que aconteceu nos pampas do sul do país, talvez em Pelotas. Começa não muito bem, pois nesses pampas havia um homem muito rico, mau e sovina: nem restos de comida ele dava. Seu filho era um guri que herdara sua ruindade. Esqueci de dizer que a história se passa no tempo da escravidão. E vou falar de um escravinho mais negro que carvão chamado exatamente de Negrinho. Não conhecia pai ou mãe e dizia que Nossa Senhora era sua madrinha. Apanhava do patrão e do filho que não era brincadeira. 
O homem ruim tinha um cavalo baio muito bonito e veloz e um estancieiro vizinho desafiou-o dizendo: será que esse montar o baio sem sela: o Negrinho, é claro. Mas infelizmente o baio perdeu na corrida e o Negrinho levou uma surra que eu vou te contar. E como se não bastasse, mandaram-no tomar conta da tropilha do patrão. Era de noite, Negrinho estava todo machucado e com medo dos bichos que pudessem se achegar. Mas Nossa Senhora ajudou-o a adormecer. Eis senão quando ouviu- se um tiro de espingarda no ar: os animais se assustaram e se dispersaram pelas campinas. O estampido partira do filho do patrão. Mas quem levou nova surra foi o Negrinho. Mandaram-no procurar os cavalos. Enquanto isso a noite estava ainda mais fechada. E não se via cavalo nenhum. Aí o Negrinho pegou um toco de vela que iluminava sua madrinha no oratório do homem ruim. E correu pelas coxilhas montado no baio, à procura dos cavalos dispersos. Aconteceu um pequeno milagre: cada vez que a vela abençoada pingava cera no chão, milhares de velinhas iam aparecendo para iluminar a noite. Com esse grande auxílio, o Negrinho encontrou os cavalos. E cansado adormeceu, 
O homem ruim tinha raiva até do sono do Negrinho e mandou um outro escravo dar chicotadas no garoto e colocá-lo junto de um formigueiro, só para chatear o menino.
Depois o patrão quis ver o moleque que devia estar todo roído de formigas. Mas junto do formigueiro estava o Negrinho perfeitamente sadio, com o baio e a tropilha. Espantado o homem ruim, mais espantado ficou, porque viu junto do escravinho a Nossa Senhora
protegendo o Negrinho, O homem ruim se ajoelhou de medo e não de bondade. 
Quanto ao Negrinho, montado no baio, seguia corrida com a tropilha para sempre.
Para sempre quer dizer que até hoje continua a corrida.
E quem quiser, vê-lo. Quero dizer: se quiser muito mesmo. Só que durante uns dias de cada ano Negrinho some. Deve estar conversando com suas amigas formigas.
Qualquer gaúcho conhece esta história e muitos acham que o Negrinho ajuda a encontrar o que se perdeu, seja objeto, seja amor, seja felicidade sumida.
Será que a moral desta história é que o bem sempre vence? Bom, nós todos sabemos que nem sempre. Mas o melhor é a gente ir-se arranjando como pode e dar um jeito de ser bom e ficar com a consciência calminha.


Clarice Lispector.


Moral da história: 

embora muitas vezes na vida pareça que as atitudes boas não são reconhecidas, vale a pena ser bom e fazer o bem. Ter a consciência tranquila não tem preço, é uma consequência que não se vende e ninguém pode comprar. 
Salientar que o bem sempre é reconhecido se não por todos mas pelas pessoas boas que procuram ajudar como no caso da nossa história foi Nossa Senhora.




Reconstruir a história com perguntas obedecendo a ordem cronológica para ver se foi bem entendida.
Após, fazer perguntas específicas sobre o tema bondade, perseverança e fé.

Perguntas: Vale a pena ser bom?

Você lembra uma situação em que ajudou alguém e por isto teve ajuda de outros?

E se acaso você não tivesse reconhecimento do bem praticado faria novamente?

Enfatizar que sempre vale a pena ser bom e fazer o bem porque assim seremos pessoas melhores e teremos a simpatia dos outros. 


O que é Lenda:


Lendas são narrativas transmitidas oralmente pelas pessoas, visando explicar acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais, misturando fatos reais, com imaginários ou fantasiosos, e que vão se modificando através do imaginário popular. No que se tornam conhecidas vão sendo registradas na linguagem escrita.
Lenda vem do latim que quer dizer “aquilo que deve ser lido”. Inicialmente as lendas contavam histórias de santos, mas estes conceitos foram se transformando em histórias que falam da cultura de um povo e de suas tradições. As lendas fornecem explicação para tudo, até para coisas que não tem explicação científica comprovada, por exemplo, acontecimentos sobrenaturais. A lenda pode ser explicada como uma degeneração do mito, porque como são repassadas oralmente de geração a geração, vão com o passar do tempo sendo alteradas, porque como diz o povo, quem conta um conto, aumenta um ponto, e assim vai.
A origem das lendas é baseada em quatro teorias que tenta dar uma resposta.  A Teoria Bíblica, com origem nas escrituras, Histórica com origem na mitologia, Alegórica onde diz que todos os mitos são simbólicos, contendo somente alguma verdade moral ou filosófica e Física usa os elementos, água, fogo e ar.

Exemplos de lendas: Sansão, Hercules,Saci Pererê, Bruxa, Mula sem Cabeça, Boitatá, Lobisomem, entre outros.

Fonte: http://www.significados.com.br/lenda/ 

História para ser utilizada com os temas: bondade, proteção aos animais, amor à natureza.

sábado, 25 de julho de 2015

Cachos Dourados e os três Ursinhos.

ERA UMA VEZ uma família de ursos que vivia na floresta. Todos os domingos, o papá Urso, a mamã Ursa e o filho Ursinho, vestidos com as suas roupas mais bonitas, costumavam dar um passeio pelo bosque, antes da hora de almoço. A mamã Ursa, antes de sair, deixava já na mesa três taças de leite, para que assim que chegassem, pudessem logo sentar-se à mesa e comer. Passado pouco tempo da família de Ursos ter saído de casa, uma menina loira,Cachos dourados e as três cadeiras chamada Cachos Dourados, perdeu-se na floresta, e foi ter perto da casa dos três ursos. Como era muito curiosa e tinha fome, entrou na casa sem bater à porta. Lá dentro, não viu ninguém e, ao aproximar-se da mesa, viu as três taças de leite, que provou. Na taça grande, o leite estava muito quente, na média estava muito frio e na taça pequena, como o leite estava morno, ela bebeu-o. Depois, viu três cadeiras e, como estava cansada, experimentou-as. A primeira cadeira era muito grande e ela não se conseguia sentar; a segunda cadeira era muito larga e ela escorregava; a terceira era tão pequenina e frágil que, quando ela se sentou partiu-se!

Mesmo assim, Cachos Dourados não se incomodou, e subiu as escadas, encontrando dois lindos quartos. No primeiro, que era rosa, tinha duas camas, uma grande e uma média. No segundo, que era azul, tinha uma cama pequena. Experimentou a cama grande mas era muito dura. A seguir, experimentou a média mas achou-a muito mole. No quarto azul, deitou-se na cama pequena e achou-a tão confortável que adormeceu.

Entretanto, os três Ursos chegavam a casa do seu passeio. Ao aproximarem-se da porta, ficaram surpreendidos, pois esta se encontrava aberta. Quando entraram, viram a sala toda desarrumada, e o Ursinho gritou: “Alguém bebeu do meu leite e partiu a minha cadeira!”. E o papá perguntou: “Quem armou esta confusão?”. Então, os três ursos subiram as escadas, e entraram no primeiro quarto. A mamã Ursa exclamou: “Alguém esteve deitado nas nossas camas!”. E logo a mamã e o papá Urso ouviram o Ursinho gritar, do outro quarto: “Papá, Mamã, venham rápido, pois está uma menina a dormir na minha cama!”.

Cachos Dourados a caminho de casaAssim que o papá Urso e a mamã Ursa entraram no quarto, e com toda a confusão que se estava a passar, Cachos Dourados acordou, sobressaltada e, ao ver os três ursos, correu em direção à janela. O Papá Urso, para evitar que Cachos Dourados caísse, correu atrás dela e conseguiu segurá-la pelo vestido. Depois de conseguirem acalmar Cachos Dourados e explicar-lhe que aquela era a casa dos Ursos, ela e o Ursinho ficaram amigos e, Cachos Dourados prometeu nunca mais mexer nas coisas das outras pessoas sem autorização, nem voltar a afastar-se dos seus pais.

Domínio Público


sexta-feira, 24 de julho de 2015

Mil acessos em 12 dias de existência do blog, obrigada!!!


DONA BARATINHA.

Era uma vez uma baratinha que estava varrendo a casa e encontrou uma moeda. Achou que estava rica e já podia se casar.
Arrumou-se toda, colocou uma fita no cabelo e foi para a janela.
A quem passava ela perguntava:
- Quem quer casar com a Dona Baratinha que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?
O primeiro bicho que passou foi o boi, que respondeu:
- EU QUERO!
Dona Baratinha perguntou:
- E como é que você faz de noite?
O boi respondeu:
- MUUUUUUUU!
Ela disse:
- Ai não, muito barulho, assim eu não durmo, pode ir embora.
E o boi foi embora.
Em seguida veio passando o cavalo e Dona Baratinha perguntou:
- Quem quer casar com Dona Baratinha que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?
O cavalo respondeu:
- EU QUERO!
Dona Baratinha perguntou:
- E como é que você faz de noite?
O cavalo respondeu:
- IIIIIIIRRRRRIIIIII!
Ela disse:
- Ai não, muito barulho, assim eu não durmo, pode ir embora.
E o cavalo foi embora.
Foi passando então o carneiro e Dona Baratinha perguntou:
- Quem quer casar com Dona Baratinha que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?
O carneiro respondeu:
- EU QUERO!
Dona Baratinha perguntou:
- E como é que você faz de noite?
O carneiro respondeu:
- BÉÉÉÉÉÉÉ!
Ela disse:
- Ai não, muito barulho, assim eu não durmo, pode ir embora.
E o carneiro foi.


Dona Baratinha já estava ficando desanimada quando foi passando o rato.
- Quem quer casar com Dona Baratinha que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?
O rato respondeu:
- EU QUERO!
- E como é que você faz de noite?
E o rato fez, bem baixinho:
- CUIM, CUIM , CUIM.
Ela quase não ouviu, e disse:
- Ah, agora sim, eu me caso com você!
Começaram os preparativos para o casamento.
Dona Baratinha toda agitada preparava um delicioso banquete para a festa do casamento e D. Ratão ajudava nos convites. Porém D. Ratão era muito guloso e pediu à noiva que fizesse para a festa seu prato favorito, feijão com toucinho.
O feijão com toucinho que Dona Baratinha preparava estava muito cheiroso e D. Ratão ia toda hora à cozinha tentar provar um pouquinho, mas sempre tinha alguém perto.
Tudo já estava pronto, banquete, igreja e os convidados chegando.
Dona Baratinha e D. Ratão muito elegantes e felizes estavam a caminho da Igreja, porém o noivo só pensava na feijoada. Então disse para Dona Baratinha que tinha esquecido as alianças em casa, e que assim que as pegasse a encontraria na igreja.
D. Ratão voltou para casa e correu até a cozinha para comer um pouco do toucinho.
Mas na afobação, escorregou e caiu dentro da panela do feijão morrendo afogado.
Dona Baratinha ansiosa esperava na igreja o noivo que não retornava.
Horas mais tarde, muito triste Dona Baratinha e alguns convidados decidiram voltar para casa e comer o banquete.
Logo descobriram o fim trágico do seu noivo e todos lamentaram muito.

A pobre Dona Baratinha chorou a noite inteira e desde aquele dia nunca mais preparou feijão com toucinho!



A REPRODUÇÃO DE FÁBULAS. Para os professores.



                 Estamos vivendo numa época em que muitos pais deixam toda a responsabilidade da educação dos seus filhos nas mãos dos professores. Evidentemente, isso é um grande erro; mas não nos cabe julgar.
                 A função educativa pode ser muito auxiliada com a reprodução de fábulas, na linguagem infantil. Ela ajuda desembaraçar a expressão oral e escrita do aluno, além de disciplinar-lhe a capacidade expositiva  e enriquecendo-lhe o vocabulário.
                 Como sabemos, as fábulas são contos antigos, atribuídos a Esopo, que foi o maior fabulista grego e viveu cerca de 600 anos  antes de de Cristo. Esses contos tem como personagens principais os animais, e isto desperta grande interesse nas crianças. Fabulistas que vieram depois como, La Fontaine e o nosso querido Monteiro Lobato, reproduziram-nas, em linguagem atualizada. Além disso, também criaram suas belas fábulas.
                 O professor deve sempre escolher um assunto interessante, oportuno, de acordo com a capacidade da classe;
                  Em seguida, deve fazer uma boa leitura, ou uma boa reprodução oral do assunto, para que os alunos possam compreendê-lo bem;
                  É importante conduzir a classe, de modo a fazer uma reprodução precisa, dentro de comentários completos, e focalizando as partes de mais interesse do enredo;
                  Fazer com que os alunos guardem a sequência lógica no trabalho escrito;
                  Fazer a leitura comentada de alguns trabalhos, e a correção coletiva; isso é importante para integrar os alunos, com um único objetivo.
                  Em se tratando de reprodução de fábulas o professor deve fazer com que os alunos compreendam bem:
                  - que  a característica principal da fábula é nela falarem os animais e coisas inanimadas, o que, na realidade, não acontece;
                  - que ela deve conter, sempre, uma conclusão moral;
                  - que as fábulas podem apresentar-se em verso, como por exemplo: "O lobo e o Cordeiro", O cão e o ladrão" " O macaco e a abelha", etc.
                  Depois de ter dado todas as explicações, o professor pode passar um tema, ou seja, a fábula que deverão reproduzir com suas palavras.
.
Senhor professor, lembre-se: você é um personagem que marcará a vida de cada um dos seus alunos. Mesmo aqueles que são mais rebeldes, na sua memória ficará gravada alguma coisa que levará para o seu mundo adulto. Portanto, sua responsabilidade é muito grande. Um mundo melhor, dependerá, necessariamente, do professor.
Nicéas Romeo Zanchett.






A lebre e a tartaruga.


Logo quando o sol nascia.
Com um brilho especial
Começava então o dia
Para o reino animal.

Um bom dia sonolento,
Os bichinhos desejavam,
E com passos muito lentos
Esticavam ... bocejavam ...

Sai de sua toca a lebre
Bem esperta e animada,
Como sempre muito alegre,
Cumprimenta a bicharada.

Avista então a tartaruga,
Bem tranquila a caminhar
E com ar de zombaria,
Começa então a debochar.

- Vejam só quem vem aí,
   Devagar quase parando,
   Para dar uma voltinha
   Leva quase todo o ano.

Tartaruga, quem diria
Já chegou desafiando ....
- Apostemos uma corrida
  Para ver quem sai ganhando!

A lebre sempre ágil,
Quase caiu pra trás
- Lenta desse jeito !!
Não me vencerá jamais !!

A raposa foi a juíza,
Deu o tiro de largada
E a lebre serelepe
Saiu logo em disparada

Tartaruga, muito lenta,
Dava um passo após o outro.
E a lebre bem distante
Para e descansa um pouco.

De repente um soninho
E um descanso maior,
Quando a lebre se deu conta
Havia acontecido o pior.

Tartaruga lá estava
Bem na linha de chegada
A lebre saltou e pulou ...
Mas ... nada !

A tartaruga venceu a parada
Pra alegria da bicharada.
Mais vale a responsabilidade,
Que a maior das habilidades.

dominio público.



quinta-feira, 23 de julho de 2015

Reflexões da Família 07 - Hora de contar histórias?

"Conte-me outra história, pai!"

 Você sabe que tipo de histórias minhas crianças mais gostam de ouvir?

Acredite ou não, são as histórias de quando minha esposa e eu éramos crianças. Coisas que fiz como quando, no acampamento de férias, morrendo de saudades escrevi todos os dias para casa suplicando à meus pais que buscassem-me. Eu acho que ela gosta para poder imaginar seu pai como uma criança.

Então, pense sobre sua infância e compartilhe suas lembranças.
Isso fará de você uma nova criança junto de suas próprias crianças.

Lembre-se, sua família em primeiro lugar!

Por Mark Merril / Tradução SergioBarros


A importância do desenho para o desenvolvimento do seu filho.

Seja para brincar ou para fazer uma tarefa escolar, o grafismo na infância está presente desde muito cedo. Basta que a criança consiga empunhar um giz de cera para que ela comece a se expressar. Veja como enriquecer ainda mais esse momento:

Por Bruna Menegueço.

Revista Crescer crianças desenhando.

De repente, o papel branco ganha rabiscos, formas e cores. A mão, ainda tão pequena, faz  os desenhos mais diferentes que você já viu na vida.

- Mãe, olha, fiz um jacaré!

Você, claro, sorri, diante daquele monte de traços malucos espalhados pelo papel. Toda criança gosta de desenhar e, apesar de parecer apenas uma brincadeira, isso faz parte do desenvolvimento do seu filho. Tanto é que uma pesquisa feita pelo Instituto de Psiquiatria da Universidade Kings College London, no Reino Unido, mostrou que o desenho pode ser um indicador da inteligência de cada um no futuro.
Uso de tablets à noite atrapalha rendimento escolar das crianças, diz estudo.
As meninas lideram mais que os meninos?

Para chegar a esse resultado, os pesquisadores analisaram 15.504 crianças de 4 anos. Os pais pediram que elas fizessem um desenho, que recebeu uma nota em uma escala de 0 a 12. Essa pontuação levou em conta se a criança desenhava o corpo humano completo, ou seja, com cabeça, tronco, pernas e braços.
Dez anos mais tarde, quando os desenhistas já tinham 14 anos, eles passaram por um teste de inteligência. Os cientistas, então, perceberam que, quem teve notas mais altas nos desenhos feitos aos 4 anos, também foi melhor nas avaliações.

Segundo a pesquisadora Rosalind Arden, que liderou o estudo, os pais não precisam se preocupar se a criança não desenha bem, já que existem outros fatores fundamentais, como a genética e o ambiente, para o desenvolvimento da inteligência. “O mais importante é oferecer todos os recursos para que a criança desenhe à vontade, o quanto quiser”, explica o pedagogo Lino de Macedo, membro do Instituto PENSI (Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil), do Hospital Infantil Sabará (SP).

O que seu filho aprende desenhando.

Enquanto desenha, seu filho adquire muitos aprendizados. O primeiro deles é controlar o giz de cera, o lápis ou a caneta. Usar o dedo indicador e o polegar, em um movimento de pinça, é resultado do desenvolvimento da coordenação motora fina. Ao escolher o que desenhar, mesmo que os traços sejam entendidos apenas por ele, a criança está expressando seus pensamentos. Sim, desenhar é uma forma de comunicação. “É uma maneira de demonstrar sua percepção do mundo à sua volta, da situação que está vivendo”, diz a educadora Lisie De Lucca, coordenadora de cultura do Colégio Porto Seguro, em São Paulo.

Diferente do desenvolvimento motor, por exemplo, em que os passos se tornam cada vez mais firmes com o passar do tempo, o desenho não apresenta um crescimento linear. Ou seja, seu filho pode voltar a fazer garatujas (traços iniciais) mesmo que já tenha aprendido a desenhar algumas formas. Não há problema algum nisso. “É importante que os pais não tentem direcionar os traços para o ‘jeito certo’ ou ‘mais bonito’”, alerta a educadora Suzy Vieira de Souza, coordenadora de Educação Infantil do Colégio AB Sabin (SP). Muitas crianças chegam ao Ensino Fundamental com a expressividade bloqueada justamente por causa desse corte que tiveram na infância.

Além disso, é comum ver pais e mães preocupados com o desenho do filho, fazendo quase uma leitura psicológica. Vale lembrar que esse tipo de interpretação cabe apenas a profissionais habilitados, como psicólogos e psicopedagogos, em ambientes como consultórios, que possuem outras ferramentas para uma correta análise.

Como incentivar.

Ofereça materiais diversos.

Papéis coloridos e de diferentes tamanhos e gramaturas, giz de cera, lápis de cor, canetinhas, tintas e pincéis. É importante que a criança tenha acesso a variados materiais para desenhar, criar e se expressar. Cada um vai proporcionar um desenho diferente. Quanto maior a variedade, mais experiências.

Aumente o repertório.

Leve seu filho ao parque, a exposições de arte, a museus, ao zoológico. Mostre fotografias e conte histórias apresentando as ilustrações do livro. É assim que ele aumenta as referências (e a criatividade) para desenhar.

Ajude-o a observar e reparar nos detalhes.

Procure despertar o olhar do seu filho. Use o cotidiano. Chame a atenção dele para uma janela grande, para as cores da água do mar, até para o desenho no chão com as gotas de água saídas de um regador, por exemplo. Descubram juntos texturas, formatos de folhas e de nuvens...

Proponha um desafio.

Durante um desenho em família, ofereça um tema para o seu filho. Pode ser um animal ou uma situação. Mas resista à tentação de criar modelos, ou seja, comparar o seu trabalho com o dele, corrigir ou mostrar qual é o mais bonito.
Para desenhar, use papéis em branco.

Para que seu filho possa usar a própria criatividade livremente, o ideal é que ele tenha acesso a papéis em branco. Só dessa forma, ele pode fazer o que quiser. Quando você oferece um desenho para ele colorir, ele passa a entender que aquele é o modelo certo e bloqueia sua imaginação. É claro que, de vez em quando, não há problema algum pintar um desenho, mas desde que isso não se torne uma regra, ok?