segunda-feira, 27 de julho de 2015

Maneiras de dizer as coisas - Comunicação.

Uma sábia e conhecida anedota árabe diz que, certa feita, um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho.
- Que desgraça, senhor! Exclamou o adivinho. Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade.
- Mas que insolente _ gritou o sultão, enfurecido. Como te atreves a dizer-me semelhante coisa? Fora daqui!
Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem acoites. Mandou que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho.
Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe:
- Excelso senhor! Grande felicidade vos esta reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a todos os vossos parentes.
A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao segundo adivinho. E quando este saia do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado:
- Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia feito. Não entendo porque ao primeiro ele pagou com cem acoites e a você com cem moedas de ouro.
- Lembra-te meu amigo - respondeu o adivinho - que tudo depende da maneira de dizer...
Um dos grandes desafios da humanidade e aprender a arte de comunicar-se. Da comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra.
Que a verdade deve ser dita em qualquer situação, não resta duvida. Mas a forma com que ela e comunicada e que tem provocado, em alguns casos, grandes problemas. A verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa. Se a lançarmos no rosto de alguém pode ferir, provocando dor e revolta. Mas se a envolvemos em delicada embalagem e a oferecemos com ternura, certamente será aceita com facilidade.
A embalagem, nesse caso, é a indulgencia, o carinho, a compreensão e, acima de tudo, a vontade sincera de ajudar a pessoa a quem nos dirigimos.
Ademais, será sábio de nossa parte se antes de dizer aos outros o que julgamos ser uma verdade, dize-la a nós mesmos diante do espelho.

E, conforme seja a nossa reação, podemos seguir em frente ou deixar de lado o nosso intento. Importante mesmo, é ter sempre em mente que o que fará diferença e a maneira de dizer as coisas...

Autor desconhecido.


Podemos aproveitar o tema e falar sobre o saber ouvir, para isto selecionei essa poesia:


Se você quer ser feliz
e amizades conquistar,
quatro palavrinhas mágicas
vou agora revelar

Não é "Abre-te-Sézamo"
e nem é "Sin-sa-la-bin"!
Nenhuma é "Abracadabra",
minha mãe disse pra mim:

Diga sempre a sorrir,
pra não ser mal-educado:
Com licença, me desculpe,
por favor e obrigado!


Pedro Bandeira.

Essa poesia pode ser musicada com alguma música infantil, tem algumas que cabem em qualquer letra, como por exemplo o cravo brigou com a rosa ou Frère Jacques.

Atividade:



Fazer um cartaz e explicar que temos que ter  humildade para ouvir os outros, pois que só assim iremos aprender coisas novas. Quando não temos conhecimento de um assunto, ou do significado de uma palavra, melhor perguntar do que fingir que já sabe. Pense bem, aí você vai continuar sem saber e isto não é bacana!


Temas abordados: Verdade, saber comunicar com educação, saber ouvir. 



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