A lenda do
lobisomem é europeia e conta que, da mulher que tiver sete filhas, o sétimo, se
for menino, virá com a maldição da lua cheia, quando ele se transforma num animal
semelhante a um grande lobo, mas que caminha nas patas traseiras e corre como
um cão, tendo o corpo peludo. Quando ataca uma vítima, caso essa não morra,
passa a transformar-se, também, em lobisomem. Volta ao normal ao cantar do galo,
com as roupas rasgadas, o corpo cansado e gosto de sangue na boca.
Existe, no
folclore, o termo licantropia, que designa a maldição que recai sobre um homem
quando ele se transforma em lobisomem, visto que a metamorfose não pode ser
controlada.
No Brasil, a
lenda varia de acordo com a região e, certamente, chegou até nós através dos
imigrantes europeus. Em algumas versões é idêntica à versão europeia, em
outras, acredita-se que a sucessão de filhos deve ser do mesmo sexo para que a
maldição recaia sobre o sétimo filho. Há a versão em que diz que casais com
mais de seis filhos, o sétimo, se do sexo masculino, será lobisomem, se do sexo
feminino, será bruxa. Outra diz que apenas o sétimo filho varão de um sétimo
filho varão carrega a maldição. Quanto à transformação, também varia, sendo que
umas dizem que a fera se transforma numa encruzilhada, outras que acontecem
quando vê a lua cheia, e que deve procurar um cemitério antes do raiar do sol
para voltar ao normal. Em algumas regiões, afirma-se que lobisomem tem
preferência por atacar crianças não batizadas, daí a pressa dos pais pelo
batismo.
ELITA DE MEDEIROS
A LENDA DO LOBISOMEM. - Domínio Público.
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