sábado, 26 de novembro de 2016

Cantigas de roda.

Atirei o pau no gato.

Atirei o pau no ga-to-to,
mas o ga-to-to
não morreu-reu-reu.
Dona Chi-ca-ca
admirou-se-se
com o be-rro,
com o be-rro
que o gato deu:
miaaaaaauuuu…

Sai, piaba.

Sai, sai, sai,
Ó, piaba,
saia da lagoa.
Bota a mão na cabeça,
a outra na cintura.
Dá um remelexo no corpo,
dá uma umbigada
no outro.


Pai Francisco.

Pai Francisco entrou na roda,
tocando o seu violão
dão rão rão dão dão [bis]
Vem de lá seu delegado,
E Pai Francisco
foi pra prisão.
Como ele vem todo requebrado,
parece um boneco
desengonçado.

Se esta rua fosse minha.

Se esta rua, se esta rua
fosse minha,
eu mandava,
eu mandava ladrilhar
com pedrinhas,
com pedrinhas de brilhantes
para o meu,
para o meu amor passar.

Nesta rua,
nesta rua tem um bosque,
que se chama,
que se chama solidão.
Dentro dele,
dentro dele mora um anjo,
que roubou,
que roubou meu coração.

Se eu roubei,
se eu roubei teu coração,
tu roubaste,
tu roubaste o meu também.
Se eu roubei,
se eu roubei teu coração,
é porque,
é porque te quero bem.


Pombinha branca.

Pombinha branca,
o que está fazendo?
Lavando a roupa
do casamento.
A roupa é suja
é cor-de-rosa
pombinha branca
é preguiçosa.

domingo, 20 de novembro de 2016

A separação e os filhos.

Imagem do Google.

Ao se constituir a parceria conjugal, cada um traz seu modo de ser e ver o mundo, que se traduz nas atitudes e decisões cotidianas. O nascimento dos filhos inaugura a família nuclear.  Os filhos sofrem as influências dos valores dos pais tendo como norteador os seus comportamentos. Quando há muitas diferenças e poucas negociações, instala-se uma guerra de poder, na qual os filhos se confundem.
No momento em que surge a necessidade de separação do casal, a família se transforma em duas, as quais denominamos de uniparentais ou monoparentais, ou seja: mãe e filhos e pai e filhos.
Normalmente, encontramos jovens que têm dificuldade de afirmarem sua identidade, sofrendo por não poderem atender às expectativas paternas e não ter clareza dos seus desejos. Os filhos gostam dos seus pais e por mais aliança que tenham com um deles sentem-se presos ao sentimento de lealdade que se estabelece ao longo do desenvolvimento do ciclo familiar. Isto pode se agravar quando após a separação os pais mantêm rivalidades.
Na separação, a reorganização das relações é fator decisivo para o equilíbrio emocional de todos os membros, principalmente dos filhos. O estabelecimento das fronteiras, estar separado como homem e mulher e estar cooperando como pais, é crucial para que os filhos possam seguir em frente sem ter que estar entre os pais. É necessário abandonar a antiga estrutura e estabelecer outra mais funcional. Isto implica em superar os ressentimentos e, muitas vezes, abandonar a esperança de reunificar.
Ter duas casas pode ser uma coisa positiva para os filhos, na medida em que o pai e a mãe possam desenvolver relacionamentos independentes e definir regras e papéis claros e nítidos, sem disputas e atritos. Desta forma, facilitando aos filhos poderem ir e vir sem grandes problemas.
Os filhos anseiam por uma relação natural com o pai e a mãe e nada é mais pernicioso do que as críticas da outra parte. O filho em contato com cada um, sem a intervenção do outro, conseguirá construir a sua relação com cada um dos pais de forma saudável e ter equilíbrio para escolhas e decisões de caminhos.
Enfim, pesquisas demonstram que  os  efeitos do divórcio sobre os filhos variam  de acordo com a faixa etária destes na época da separação e tempo de casamento, no entanto o ajustamento dos filhos após a separação está relacionado ao ajustamento dos pais, ou seja, se os pais enfrentarem bem a situação o mesmo se dará com os filhos.
Norma Emiliano

Fonte:

Lita L. Schwartz e Florence W. Kaslow. As dinâmicas do divórcio, Uma perspectiva de ciclo vital, 1995.

Retirado do blog Pensando em família da amiga Norma. Vale a pena conhecer o blog da Norma, tem ótimos conteúdos 😃

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

O Sapo Lava o Pé.


Será que sapo não lava o pé mesmo?!

Lá no lago um sapo chamado Caco, resolveu desmistificar um boato antigo e para isso usou muita criatividade, arte e união! 



                     O Sapo Lava o Pé

Já se ouvia há muito tempo um boato que sapo não lava o pé, que tem frieira e até chulé. Lá no lago tem muito sapo que de tão bravo fica inchado com tal boato, sem contar na girinada que fica na beira d’água só escutando piada de toda a bicharada.
Neste lago mora um sapo cujo nome é Caco, que ficou injuriado com tal boato, também ficou inchado, mas não ficou parado, teve uma ideia para reverter à situação, ensinou para girinada uma nova canção que ensaiaram por dias para fazer uma apresentação.
 
Em noite enluarada a bicharada já se ajeitava na beira d’água para contemplar o luar, isso já era tradição! Mas dessa vez tiveram uma grande surpresa: a noite enluarada veio acompanhada de uma bela coachada, que cantava essa canção:

O sapo lava o pé
Lava porque ele quer
Pula no lago
Sai de pé molhado
O sapo não tem chulé!

Quanta emoção! A bicharada ficou animada, deram salvas de palmas e até pediram perdão.

Não se melindre não! Com bom senso podemos reverter qualquer situação, sem precisar de discussão e ainda promover formas de união como foi esta linda apresentação!

Texto do blog da amiga Coruja Garatuja vale a pena conhecer, grande qualidade.

Atividades:





sábado, 12 de novembro de 2016

A Gansa dos Ovos de Ouro.

Esopo

Um homem e sua mulher tinham a sorte de possuir uma gansa que todos os dias punha um ovo de ouro.
Mesmo com toda essa sorte, eles acharam que estavam enriquecendo muito devagar, que assim não dava…
Imaginando que a gansa devia ser de ouro por dentro, resolveram mata-la e pegar aquela fortuna toda de uma vez. Só que, quando abriram a barriga da gansa, viram que por dentro ela era igualzinha a todas as outras.
Foi assim que os dois não ficaram ricos de uma vez só, como tinham imaginado, nem puderam continuar recebendo o ovo de ouro que todos os dias aumentava um pouquinho sua fortuna.

Moral da história:


Não devemos ser ambiciosos demais. Tudo tem seu tempo, querendo as coisas antes da hora podemos perder muitas oportunidades.

Para colorir:


quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Trava-línguas.

O rato e a rosa Rita.

O rato roeu a roupa do rei de Roma,
O rato roeu a roupa do rei da Rússia,
O rato roeu a roupa do Rodovalho…
O rato a roer roía.
E a rosa Rita Ramalho
do rato a roer se ria.


A rata.

A rata roeu a rolha
da garrafa da rainha.


Pintor português.

Paulo Pereira Pinto Peixoto,
pobre pintor português,
pinta perfeitamente
portas , paredes e pias,
por parco preço, patrão.


Pedro.

Se o Pedro é preto,
o peito do Pedro é preto
e o peito do pé do Pedro é preto.


Gato.

Gato escondido
com rabo de fora
tá mais escondido
que rabo escondido
com gato de fora.


Retreta.

Quando toca a retreta
na praça repleta
se cala o trombone
se toca a trombeta .


Tatu.

— Alô, o tatu ta í?
— Não, o tatu num tá.
Mas a mulher do tatu tando ,
é o mesmo que o tatu tá.

Tigres tristes.

Três pratos
de trigo
para três tigres tristes.


Pardal pardo.

— Pardal pardo , por que palras ?
— Palro sempre e palrarei ,
porque sou o pardal pardo ,
o palrador d’el-rei.

O sapo no saco.

Olha o sapo dentro do saco ,
o saco com o sapo dentro ,
o sapo batendo papo
e o papo soltando vento.


Sabiá.

Você sabia
que o sábio sabiá
sabia assobiar?


Fonte: http://rede.novaescolaclube.org.br/pdf/textos-ler-escrever.pdf

Parlendas lindas!!!

Rei, capitão
Soldado, ladrão
Moça bonita
Do meu coração.



Uni duni tê
Salamê minguê
Um sorvete colorê
O escolhido foi você.


Luar, luar
Pega esse menino
E ajuda a criar.



Hoje é domingo
Pede cachimbo
Cachimbo é de barro
Dá no jarro
O jarro é fino
Dá no sino
O sino é de ouro
Dá no touro
O touro é valente
Dá na gente
A gente é fraco
Cai no buraco
O buraco é fundo
Acabou-se o mundo.


Pinta lainha
De cana vitinha
Entrou na barra de vinte cinco
Mingorra, mingorra
E cate forra
Tire essa mão
Que está forra.



Boca de forno
Forno
Tira um bolo
Bolo
Se o mestre mandar!
Faremos todos!
E se não for?
Bolo!



Santa Luzia
Passou por aqui
Com seu cavalinho
Comendo capim
Santa Luzia
Passou por aqui
tire esse cisco
Que caiu aqui.



Mourão, mourão
Tome teu dente podre
Dá cá meu são.


Domínio Público.


Fonte: http://rede.novaescolaclube.org.br/pdf/textos-ler-escrever.pdf

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Apostila Cantigas de Roda.


Apostila quem canta seus males espanta vol1 de SimoneHelenDrumond

Acho que todos já conhecem o Slide Share, mas para quem não conhece você pode se cadastrar lá se quiser.
Contudo, ainda que sem se cadastrar você pode copiar o embed para levar para o teu blog. Vale a pena navegar por lá, tem a parte teórica e as mais lindas cantigas de roda para você cantar com as tuas crianças. 

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

O Carneiro Grande e os Carneiros Jovens.

Andavam passeando três Carneiros Jovens e um Carneiro maior. De repente, o mais velho saiu correndo em fuga.
Os outros ficaram parados e rindo da disparada do experiente Carneiro, o qual ao longe, vendo-os zombar, disse: - Estão loucos e ignorantes, porque vem vindo o açougueiro que sempre mata primeiro os maiores. Por isso fujo, mas quando ele se aproximar, com certeza matará os que estiverem mais perto.


Esopo.

Moral da história: 

aprender a ouvir os mais velhos, pais, professores, e avós principalmente, porque já viveram mais e têm mais experiência.


Atividades:







domingo, 6 de novembro de 2016

O RATO DO MATO E O RATO DA CIDADE.

Fonte da imagem:http://www.publicdomainpictures.net/view-image.php?image=71647&picture=rato-dos-desenhos-animados-clipe

Um ratinho da cidade foi uma vez convidado para ir à casa de um rato do campo. Vendo que seu companheiro vivia pobremente de raízes e ervas, o rato da cidade convidou-o a ir morar com ele:
— Tenho muita pena da pobreza em que você vive — disse. — Venha morar comigo na cidade e você verá como lá a vida é mais fácil.
Lá se foram os dois para a cidade, onde se acomodaram numa casa rica e bonita.
Foram logo à despensa e estavam muito bem, se empanturrando de comidas fartas e gostosas, quando entrou uma pessoa com dois gatos, que pareceram enormes ao ratinho do campo.
Os dois ratos correram espavoridos para se esconder.
— Eu vou para o meu campo — disse o rato do campo quando o perigo passou. — Prefiro minhas raízes e ervas na calma, às suas comidas gostosas com todo esse susto.

Moral da  história:

Mais vale magro no mato que gordo na boca do gato.


Jean de La Fontaine – Domínio Público

Atividades clique AQUI

Para colorir:

PIADOS DO PASSARINHO.

Imagem do google.

Elias José

O passarinho piou,
piou numa boa.
O passarinho piou,
piou lá na lagoa.

O passarinho piou,
piou, é bom sinal.
O passarinho piou,
piou lá no quintal.

O passarinho piou,
piou e olhou pra mim.
O passarinho piou,
piou lá no jardim.

O passarinho piou,
piou lá na avenida.
Todo o mundo escutou,
ficou melhor a vida.

Domínio Público. 

Imagem do google

Ideia de pássaro para fazer com recortes e colar em cartolina.

Imagem do google


Atividade para pintar ou utilizar para recortes e depois pintar e colar em cartolina.

 Imagem do google.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

PANDORA. Mitologia grega

Imagem do google

Num tempo distante, os homens dominaram a dádiva do fogo, graças a Prometeu, tornando melhor a vida na Terra.
Mas diante daquela afronta, a ira de Zeus não teve limites, e ele resolve então punir os homens.
Ordenou a Hefesto que moldasse uma mulher de barro, tão linda quanto uma verdadeira deusa, que lhe desse voz e movimento e que seus olhos inspirassem um encanto divino.
A deusa Atena teceu-lhe uma belíssima roupa, as três Graças a cobriram com joias e as Horas a coroaram com uma tiara de perfumadas flores brancas. Por isso a jovem recebeu o nome de Pandora, que em grego significa "todas as dádivas".
No dia seguinte, Zeus deu instruções secretas a seu filho Hermes que, obedecendo às ordens do pai, ensinou a Pandora a contar suaves mentiras. Com isso, a mulher de barro passou a ter uma personalidade dissimulada e perigosa.
Feito isso, Zeus ordenou a Hermes que entregasse a mulher de presente a Epimeteu, irmão de Prometeu, um homem ingênuo e lento de raciocínio.
Ao ver Pandora, Epimeteu esqueceu-se que Prometeu havia-lhe recomendado muitas vezes para não aceitar presentes de Zeus; e aceitou-a de braços abertos.
Certo dia, Pandora viu uma ânfora muito bem lacrada, e assim que se aproximou dela Epimeteu alertou-a para se afastar, pois Prometeu lhe recomendara que jamais a abrisse, caso contrário, os espíritos do mal recairiam sobre eles.
Mas, apesar daquelas palavras, a curiosidade da mulher de barro aumentava; não mais resistindo, esperou que o marido saísse de casa e correu para abrir o jarro proibido.
Mal ergueu a tampa, Pandora deu um grito de pavor e do interior da ânfora saíram monstros horríveis: o Mal, a Fome, o Ódio, a Doença, a Vingança, a Loucura e muitos outros espíritos maléficos...
Quando voltou a lacrar a jarra, conseguiu prender ali um único espirito, a Esperança.
Assim, então, tudo aconteceu exatamente conforme Zeus havia planejado. Usou a curiosidade e a mentira de Pandora para espalhar o mal sobre o mundo, tornando os homens duros de coração e cruéis, castigando Prometeu e toda a humanidade.

******


Conversando sobre a história: 

O mal existe, é preciso estar atento e manter sob controle todos os defeitos e erros que costumamos ter, não permitindo que saiam de nossa mente para atingir os outros. Tudo que acontece de ruim no mundo, fome, guerras, doenças, violência, são frutos do próprio homem que não sabe transformar as suas maldades em bondade, mudando a si mesmo, tendo mais amor ao próximo, respeitando e exigindo respeito. Só agindo assim construiremos um mundo melhor.

Alfabetização: Livro do aluno
Volume 2
©2000 Projeto Nordeste/Fundescola/Secretaria de Ensino Fundamental

Domínio Público.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

NARCISO. Mitologia grega.

Autor: Caravaggio

Há muito tempo, na floresta, passeava Narciso, o filho do sagrado rio Kiphissos. Era lindo, porém, tinha um modo frio e egoísta de ser, era muito convencido de sua beleza e sabia que não havia no mundo ninguém mais bonito que ele.
Vaidoso, a todos dizia que seu coração jamais seria ferido pelas flechas de Eros, filho de Afrodite, pois não se apaixonava por ninguém.
As coisas foram assim até o dia em que a ninfa Eco o viu e imediatamente se apaixonou por ele.
Ela era linda, mas não falava, o máximo que conseguia era repetir as ultimas sílabas das palavras que ouvia.
Narciso, fingindo-se desentendido, perguntou:
— Quem está se escondendo aqui perto de mim?
—... de mim — repetiu a ninfa assustada.
— Vamos, apareça! — ordenou — Quero ver você!
—... ver você! — repetiu a mesma voz em tom alegre.
Assim, Eco aproximou-se do rapaz. Mas nem a beleza e nem o misterioso brilho nos olhos da ninfa conseguiram amolecer o coração de Narciso.
— Dê o fora! — gritou, de repente — Por acaso pensa que eu nasci para ser um da sua espécie? Sua tola!
— Tola! — repetiu Eco, fugindo de vergonha.
A deusa do amor não poderia deixar Narciso impune depois de fazer uma coisa daquelas. Resolveu, pois, que ele deveria ser castigado pelo mal que havia feito.
Um dia, quando estava passeando pela floresta, Narciso sentiu sede e quis tomar água.
Ao debruçar-se num lago, viu seu próprio rosto refletido na água. Foi naquele momento que Eros atirou uma flecha coração.
Sem saber que o reflexo era de seu próprio rosto, Narciso imediatamente se apaixonou pela imagem.
Quando se abaixou para beijá-la, seus lábios se encostaram na água e a imagem se desfez. A cada nova tentativa, Narciso ia ficando cada vez mais desapontado e recusando-se a sair de perto da lagoa. Passou dias e dias sem comer nem beber, ficando cada vez mais fraco.
Assim, acabou morrendo ali mesmo, com o rosto pálido voltado para as águas serenas do lago.
Esse foi o castigo do belo Narciso, cujo destino foi amar a si próprio.

Eco ficou chorando ao lado do corpo dele, até que a noite a envolveu. Ao despertar, Eco viu que Narciso não estava mais ali, mas em seu lugar havia uma bela flor perfumada. Hoje, ela é conhecida pelo nome de "narciso", a flor da noite.

Para ler a Lenda de Eco, clique AQUI

Alfabetização: Livro do aluno
Volume 2
©2000 Projeto Nordeste/Fundescola/Secretaria de Ensino Fundamental

Domínio Público